Céu Nublado -> Capítulo 3

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Bastou o plano de defesa do aquartelamento ser acionado para os monstros estarem cercados por dezenas de soldados armados e municiados.
Porém havia um impasse: aqueles não eram simples monstros ou malfeitores, eram também soldados daquele mesmo quartel. Ten. Williams, que estava de serviço como oficial-de-dia, ordenou que ninguém atirasse.

Os monstros continuavam movimentando-se violentamente dentro do cerco. Em certo momento um deles ataca um dos soldados, que por defesa dispara quatro tiros. o monstro recua com a provável dor, porém o seu corpo acabara por 'expelir' os projéteis que haviam ficado alojados em seu corpo, cicatrizando os buracos em frações de segundo.
Notavelmente havia um certo dano, já que saia sangue dos buracos, mas a cicatrização era sobre-humana.

O monstro fica revoltado e ataca novamente, e quando o soldado novamente dispara, ele desvia dos tiros e desfere dois cortes profundos usando suas facas. O restante dos soldados, em resposta, dispararam todos em direção ao mesmo, que após passar alguns segundos se contorcendo tomba no chão, inconsciente.
Os outros dois monstros aproveitam a deixa e atacam. O do machado dá um pulo de uns 6 metros de altura, e quando atinge o chão, gera uma onde de tremor, derrubando o cerco.
O de escudo e tridente, aproveita a deixa e desfere um golpe com o tridente que acerta seis soldados, matando-os instantaneamente.

Um momento de pânico se instala, e alguns tentam correr e se abrigar. Então o demônio de tridente se movimenta e ataca novamente um grupo de três que haviam escapado em direção à companhia demolida de Katori.
Os três se viram e veem o monstro se aproximar velozmente com o tridente apontado para eles, deduzindo suas mortes.

E então eles enxergam um clarão azul.

Suas visões ficam desfocadas um momento, pensaram ter morrido.

Quando voltam, eles veem um soldado fardado, emanando de seu corpo chamas azuis como o céu, literalmente rebatendo com sua katana o golpe do monstro.

Aquele momento pareceu demorar muito mais do que deveria, praticamente uns 3 segundos. Era um estranho fenômeno que seria denominado mais tarde pela imprensa como 'slowdown'.
Quando uma quantidade enorme de energia era usada, literalmente expandia um curtíssimo período de tempo. E isso não acontecia apenas na área que era usada, e sim em todo o planeta, no espaço. Os relógios desaceleravam, a corrente das águas, a velocidade do som, até mesmo a rotação da terra desacelerava. Era um momento que seria retratado por poetas e escritores como a apreciação máxima, tudo parava por alguns segundos.
Após o slowdown, o tridente do monstro voa longe e se desfaz no ar. Porém o mesmo se refaz magicamente na mão do monstro momentos depois, mas já era bem tarde.

Katori havia desferido uma sequência de três golpes diagonais com sua katana no corpo do monstro, que fica se balançando por um momento.

O ponto débil do caçador é justamente quando ele se concentra em sua caça.

O monstro do machado aproveita a deixa e ataca Katori, desferindo um golpe em vertical, golpe esse defendido usando a katana em frações de milésimos.
Apesar de seus movimentos ágeis, o jovem ex-soldado demonstrava medo em seus olhos. O que ele estava enfrentando ali eram seres que o matariam na melhor oportunidade, sem pensar duas vezes.
Aproveitando-se da fragilidade exposta, o monstro leva seu machado para trás e passa uma rasteira em Katori, que tomba no chão. Enquanto isso o outro monstro tentava se recuperar dos cortes de katana. Porém havia algo diferente naqueles cortes.

Assim como seu corpo, as katanas de Katori também emanavam chamas azuis, que transformavam-se em rastros de luz azul a cada movimento feito com as mesmas, apesar dele estar estranhamente usando apenas uma katana. Aqueles cortes tinham deixado uma coloração azul na carne rasgada, que não estava cicatrizando como antes.

O monstro do machado aproveita a queda de Katori e novamente desfere um golpe com sua arma. Katori rola no chão e escapa do golpe, que acaba prendendo o machado no solo.
Usando seus braços como impulsores, Katori se levanta e corre em círculos ao redor do monstro. Quando o mesmo consegue puxar o machado de volta, levantando-no pra cima com a força imposta, recebe um corte na área da costela, embaixo do braço. O machado é derrubado, ele movimenta-se e posiciona-se às costas do bicho, então tentando puxar sua outra katana.

Mas, como havia acontecido anteriormente em frente à companhia demolida, a katana não sai da bainha. Ela parecia presa.
Isso o tira a atenção um momento, e o monstro o acerta um soco na rosto, que o joga a dez metros de distância, derrubando a katana que estava segurava.
Tentando aproveitar a provável chance, o que havia sido cortado corre em direção a ele com seu tridente, e quando estava prestes a crava-lo no jovem, é jogado para trás.

A katana, assim como o tridente anteriormente, havia se refeito nas mãos de Katori. Com a mesma, ele desferira mais um corte no monstro, dessa vez bem profundo, fazendo-no desmaiar também.

Então o do machado tenta fugir, mas é acertado por centenas de tiros dos soldados que estavam a tempos já abrigados por alguma parede ou tronco de árvore, esperando o momento oportuno para atirar. O monstro então desmaia também.

Katori estava bem fraco. Dá um passo para frente e cai de joelhos. Quando tenta se levantar, toma um tiro na cabeça e tomba para o lado.

Assim aquele fatídico dia havia corrido. Algo nunca antes visto acontecera e terminara ali.

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